Vitamina D

Vitamina D

A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel essencial para a saúde dos ossos, músculos, sistema imunológico e diversas funções metabólicas. Embora chamada de “vitamina”, ela age também como um pró-hormônio no corpo, influenciando a expressão de mais de 200 genes. A deficiência de vitamina D é comum no mundo todo, mesmo em países ensolarados como o Brasil, devido à baixa exposição solar e estilo de vida moderno.

Neste artigo completo, você vai entender o que é a vitamina D, para que serve, como obtê-la, os benefícios da suplementação, sintomas de deficiência, riscos do excesso e como usá-la com segurança.

O que é a vitamina D?

A vitamina D é um nutriente essencial lipossolúvel, ou seja, é absorvida junto com as gorduras da dieta e armazenada no tecido adiposo do corpo. Existem duas formas principais:
• Vitamina D2 (ergocalciferol): de origem vegetal, presente em alguns alimentos e suplementos.
• Vitamina D3 (colecalciferol): forma mais ativa e biodisponível, produzida na pele pela ação do sol e encontrada em alimentos de origem animal e suplementos.

Após ser produzida ou ingerida, a vitamina D passa por duas conversões no organismo: uma no fígado e outra nos rins, tornando-se calcitriol, a forma ativa que regula o metabolismo do cálcio.

Para que serve a vitamina D?

A vitamina D tem papel fundamental em múltiplos sistemas corporais. Entre seus principais benefícios, destacam-se:

  1. Saúde dos ossos e dentes
    • Facilita a absorção de cálcio e fósforo no intestino;
    • Previne doenças como raquitismo, osteopenia e osteoporose;
    • Reduz o risco de fraturas em idosos.
  2. Sistema imunológico
    • Modula a resposta imune, ajudando na prevenção e recuperação de infecções virais e bacterianas;
    • Pode atenuar processos autoimunes, como lúpus e esclerose múltipla.
  3. Saúde muscular
    • Essencial para a função e força muscular, reduz risco de quedas e lesões, especialmente em idosos.
  4. Função cardiovascular
    • Atua na regulação da pressão arterial;
    • Ajuda a reduzir a inflamação sistêmica.
  5. Cérebro e humor
    • Níveis adequados de vitamina D estão associados à redução do risco de depressão, ansiedade e declínio cognitivo.

Fontes naturais de vitamina D

  1. Exposição solar

A principal forma de obter vitamina D é por meio da exposição da pele à luz solar UVB. Em geral, recomenda-se:
• 15 a 30 minutos diários de sol direto nos braços e pernas, sem protetor solar;
• Melhor horário: entre 10h e 15h;
• Fatores como idade, cor da pele, uso de roupas e poluição podem reduzir a síntese.

  1. Alimentos com vitamina D (em menor quantidade):

Alimento Tipo


Óleo de fígado de bacalhau Muito rico
Peixes gordurosos (salmão, atum, sardinha) D3
Fígado de boi D3
Gema de ovo D3
Leites e cereais fortificados D2 ou D3
Cogumelos expostos ao sol D2

A dieta fornece apenas 10 a 20% da vitamina D necessária. O restante deve vir da exposição solar ou suplementação.

Doses recomendadas de vitamina D

Grupo Dose diária recomendada


Adultos até 70 anos 600 a 800 UI
Idosos acima de 70 anos 800 a 2.000 UI
Gestantes e lactantes 600 a 2.000 UI
Deficiência diagnosticada 2.000 a 10.000 UI (com orientação médica)

A necessidade individual pode variar conforme níveis sanguíneos (25(OH)D), histórico de saúde e exposição ao sol.

Suplementação de vitamina D

A suplementação é indicada para:
• Pessoas com deficiência ou insuficiência (níveis < 30 ng/mL);
• Idosos, gestantes e lactantes;
• Pessoas com baixa exposição solar;
• Pacientes com doenças ósseas, autoimunes, obesidade ou uso de medicamentos que reduzem a absorção.

Formas disponíveis:
• Cápsulas gelatinosas (D3 em óleo);
• Gotas;
• Spray sublingual;
• Comprimidos mastigáveis;
• Injetável (uso clínico supervisionado).

Suplementos de vitamina D3 são mais eficazes que os de D2.

A vitamina D precisa de receita?


• Doses até 2.000 UI/dia são vendidas sem receita médica;
• Doses acima de 5.000 ou 10.000 UI/dia ou formas injetáveis exigem prescrição médica;
• Sempre que possível, a dosagem sanguínea deve ser monitorada.

Sintomas de deficiência de vitamina D
• Cansaço e fraqueza muscular;
• Dores ósseas e articulares;
• Imunidade baixa (gripes e infecções frequentes);
• Queda de cabelo;
Depressão ou alterações de humor;
• Raquitismo (em crianças);
• Osteoporose ou fraturas (em adultos e idosos).

Efeitos colaterais e riscos do excesso

A toxicidade da vitamina D é rara, mas pode ocorrer com uso excessivo por longos períodos, levando a:
• Hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue);
• Náuseas, vômitos, sede excessiva;
• Fraqueza muscular;
• Pedra nos rins;
• Danos renais.

O limite seguro geralmente é de 4.000 UI por dia, salvo sob orientação médica.

A vitamina D é essencial para o bom funcionamento dos ossos, músculos, sistema imunológico e cérebro. Mesmo com alimentação equilibrada, muitos indivíduos necessitam de suplementação devido à baixa exposição solar. Seu uso correto melhora a imunidade, previne fraturas e favorece o bem-estar geral.

Antes de suplementar doses elevadas, é recomendado fazer exames e buscar a orientação de um profissional de saúde, garantindo segurança e eficácia.

By Guia Anabólico

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