A Vitamina A é uma das mais importantes para a manutenção da saúde, especialmente da visão, pele, imunidade e desenvolvimento celular. Encontrada em alimentos de origem animal e vegetal, ela pode ser obtida tanto por meio da dieta quanto de suplementos. Neste artigo completo, você vai entender o que é a vitamina A, para que serve, como deve ser usada, quais são os riscos do excesso, se exige receita médica, suas fontes naturais e alternativas.
O que é a vitamina A?
A vitamina A é uma vitamina lipossolúvel (solúvel em gordura), essencial para várias funções fisiológicas. Ela existe em duas formas principais:
1. Vitamina A pré-formada (retinol): encontrada em alimentos de origem animal;
2. Carotenóides (como o betacaroteno): encontrados em alimentos de origem vegetal, especialmente em frutas e legumes de cor alaranjada ou verde-escura, que o corpo converte em vitamina A ativa.
Para que serve a vitamina A?
A vitamina A desempenha diversas funções fundamentais no organismo:
1. Saúde ocular
• Essencial para a formação da rodopsina, proteína da retina que permite a visão em ambientes com pouca luz;
• Previne cegueira noturna e doenças degenerativas da visão.
2. Fortalecimento da imunidade
• Atua na manutenção das barreiras naturais do corpo (pele, mucosas);
• Fortalece o sistema imunológico contra infecções respiratórias e intestinais.
3. Saúde da pele e cabelos
• Estimula a regeneração celular;
• Auxilia no tratamento de acne e problemas dermatológicos;
• Mantém o couro cabeludo saudável.
4. Desenvolvimento fetal e crescimento
• Importante para formação de tecidos, ossos e órgãos em crianças e durante a gestação.
Fontes naturais de vitamina A
Vitamina A pré-formada (retinol) – alimentos de origem animal:
• Fígado (boi, frango);
• Gema de ovo;
• Leite integral e derivados;
• Óleo de fígado de bacalhau.
Precursores vegetais (betacaroteno e outros carotenóides):
• Cenoura;
• Abóbora;
• Manga;
• Mamão;
• Batata-doce;
• Espinafre;
• Couve;
• Brócolis.
Suplementação de vitamina A
A suplementação é indicada em casos de deficiência diagnosticada, má absorção intestinal, desnutrição ou como parte de tratamentos dermatológicos.
Formas mais comuns:
• Retinol palmitato (mais usado em suplementos);
• Betacaroteno (mais seguro para evitar toxicidade);
• Multivitamínicos que incluem vitamina A.
Doses recomendadas diárias:
Grupo Dose diária recomendada
Adultos homens 900 mcg (RAE)*
Adultos mulheres 700 mcg (RAE)
Crianças 300 a 600 mcg
Gestantes 770 mcg
Lactantes 1300 mcg
*RAE = equivalentes de atividade de retinol
1 RAE = 1 mcg de retinol ou 12 mcg de betacaroteno
Vitamina A precisa de receita?
Não obrigatoriamente. Suplementos de vitamina A com doses dentro dos limites diários seguros são vendidos sem receita médica, inclusive em farmácias e lojas de produtos naturais.
Entretanto, produtos com altas concentrações de retinol, especialmente para uso dermatológico (como cápsulas ou cremes de tretinoína, isotretinoína ou ácido retinoico), exigem prescrição médica, devido ao risco de efeitos colaterais sérios.
Efeitos colaterais da vitamina A
Deficiência de vitamina A:
• Cegueira noturna;
• Pele seca e áspera;
• Infecções frequentes;
• Atraso no crescimento (em crianças).
Excesso de vitamina A (hipervitaminose A):
• Visão turva;
• Dor nos ossos e articulações;
• Ressecamento da pele e lábios;
• Aumento do fígado;
• Risco de malformações fetais se usada em excesso na gravidez.
O excesso geralmente ocorre com suplementação desnecessária ou uso de medicamentos à base de retinol em altas doses. Por isso, o uso prolongado deve ser sempre supervisionado.
Alternativas naturais e seguras
Para quem deseja manter bons níveis de vitamina A sem correr riscos, a melhor estratégia é alimentar-se bem, incluindo:
• Frutas e vegetais coloridos todos os dias;
• Fontes proteicas de origem animal moderadamente;
• Uso de betacaroteno como suplemento (menos tóxico que o retinol puro);
• Cosméticos com retinol de uso tópico sob recomendação dermatológica.
A vitamina A é essencial para a visão, imunidade, pele, desenvolvimento fetal e regeneração celular. Pode ser obtida por meio de alimentos naturais ou suplementos, mas seu uso em excesso pode causar sérios problemas de saúde, especialmente em gestantes.
Para garantir segurança, a suplementação deve seguir orientações de um profissional de saúde, especialmente em casos de deficiência diagnosticada ou uso terapêutico. Uma alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes e verduras, é suficiente para suprir as necessidades da maioria das pessoas.