As proteínas são macronutrientes essenciais para o funcionamento do corpo humano. Compostas por cadeias de aminoácidos, elas desempenham uma infinidade de funções vitais no organismo, incluindo a construção de tecidos, produção de enzimas e hormônios, suporte ao sistema imunológico, entre outras.
O que é proteína?
A proteína é um nutriente fundamental composto por longas cadeias de aminoácidos, que são as unidades estruturais responsáveis pela formação de tecidos no corpo. Existem 20 tipos de aminoácidos, dos quais nove são considerados essenciais — ou seja, não podem ser produzidos pelo corpo e precisam ser obtidos por meio da alimentação.
As proteínas estão presentes em alimentos de origem animal (carne, leite, ovos, peixe) e vegetal (soja, leguminosas, grãos, sementes). Elas são indispensáveis para quase todas as funções biológicas e representam entre 15% a 20% do peso corporal de um adulto.
Para que serve a proteína?
A proteína exerce diversas funções no organismo, como:
- Construção e reparo muscular: essencial para quem pratica atividades físicas, principalmente musculação.
- Formação de enzimas e hormônios: muitas enzimas e hormônios são proteínas, como a insulina e o glucagon.
- Transporte de nutrientes: proteínas como a hemoglobina transportam oxigênio pelo corpo.
- Função imunológica: anticorpos são formados por proteínas e ajudam o corpo a combater infecções.
- Manutenção da pele, unhas e cabelo: tecidos que se renovam constantemente dependem de proteínas.
- Fonte de energia: em situações de jejum prolongado ou dietas restritivas, as proteínas podem ser convertidas em energia.
Como deve ser usada a proteína?
A forma de consumo da proteína depende do objetivo da pessoa e da sua dieta. Veja os principais cenários:
1. Alimentação diária
Para pessoas sedentárias ou com nível moderado de atividade física, a ingestão diária recomendada de proteína varia entre 0,8 g a 1,2 g por quilo de peso corporal. Por exemplo, uma pessoa com 70 kg deveria consumir entre 56 g e 84 g de proteína por dia.
2. Atletas e praticantes de musculação
Quem realiza treinos intensos ou visa hipertrofia muscular pode precisar de 1,6 g a 2,2 g por quilo de peso corporal por dia. Isso pode ser feito com alimentação regular e, em alguns casos, com uso de suplementos proteicos.
3. Suplementação
A suplementação com proteína (como whey protein, caseína, proteína vegetal isolada) pode ser uma alternativa prática para atingir as necessidades diárias, especialmente em dietas com restrições alimentares ou horários apertados. Deve ser consumida conforme orientação de um nutricionista ou médico.
Efeitos colaterais da proteína
Em geral, a proteína é segura quando consumida nas quantidades recomendadas. No entanto, o excesso ou uso inadequado pode causar efeitos colaterais, especialmente em pessoas com predisposições ou condições de saúde específicas:
- Sobrecarga renal: em pessoas com problemas renais preexistentes, o consumo exagerado de proteínas pode agravar a função dos rins.
- Desidratação: o metabolismo proteico exige maior consumo de água, e sua ingestão sem hidratação adequada pode levar à desidratação.
- Problemas digestivos: excesso de proteína pode causar desconfortos como gases, constipação ou diarreia.
- Aumento de peso: proteína em excesso também pode ser armazenada como gordura se o consumo calórico total exceder o gasto.
- Deficiências nutricionais: dietas hiperproteicas mal equilibradas podem reduzir a ingestão de fibras, vitaminas e minerais.
É importante lembrar que a proteína não é vilã, mas deve ser usada com consciência e orientação profissional.
Proteína pode ser comprada com ou sem receita?
A proteína está presente nos alimentos e também disponível em forma de suplementos nutricionais, como:
Esses suplementos não exigem receita médica e são vendidos em lojas de produtos naturais, farmácias, supermercados e pela internet. No entanto, o acompanhamento de um nutricionista ou médico é altamente recomendado para garantir que a dose seja adequada e segura.
Já medicamentos específicos à base de aminoácidos, utilizados em tratamentos clínicos (como doenças metabólicas ou desnutrição severa), podem sim necessitar de receita médica e supervisão contínua.
Existe alternativa à suplementação proteica?
Sim, é totalmente possível atingir a quantidade ideal de proteínas por meio da alimentação, sem necessidade de suplementos. Fontes alimentares ricas em proteínas incluem:
Origem animal:
- Frango
- Carne vermelha magra
- Peixe
- Ovos
- Leite e derivados (queijo, iogurte)
Origem vegetal:
- Soja e derivados (tofu, tempeh)
- Lentilha
- Grão-de-bico
- Feijão
- Quinoa
- Amendoim e castanhas
- Sementes de abóbora e girassol
Uma alimentação equilibrada e diversificada pode fornecer todos os aminoácidos necessários ao organismo, mesmo em dietas vegetarianas ou veganas, desde que bem planejadas.
Conclusão
A proteína é um dos pilares da saúde e da composição corporal. Seu papel vai além da construção muscular, sendo essencial para funções vitais como imunidade, transporte de nutrientes, produção hormonal e renovação celular. Consumir proteína na quantidade correta ajuda a manter a saúde, melhorar o desempenho físico e até mesmo auxiliar no controle do peso corporal.
Embora os suplementos proteicos sejam práticos e eficazes, eles não são obrigatórios. Uma alimentação equilibrada pode suprir todas as necessidades, desde que bem planejada. O consumo excessivo de proteína, por sua vez, pode trazer riscos, especialmente em pessoas com condições de saúde específicas.
Por isso, o ideal é sempre buscar orientação profissional para adaptar o consumo de proteína às necessidades individuais. Seja por meio dos alimentos ou de suplementos, a proteína é uma aliada indispensável para uma vida saudável.