Infarto do Miocárdio

Infarto do Miocárdio

O infarto do miocárdio, popularmente conhecido como ataque cardíaco, é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Trata-se de uma emergência médica grave, causada pela interrupção do fluxo de sangue para uma parte do coração. Quando isso ocorre, o músculo cardíaco (miocárdio) começa a sofrer danos que podem ser irreversíveis se não tratados rapidamente.

O que é infarto do miocárdio?

O infarto do miocárdio ocorre quando uma ou mais artérias coronárias — responsáveis por irrigar o coração com sangue rico em oxigênio — ficam obstruídas. Essa obstrução geralmente é causada por acúmulo de placas de gordura (aterosclerose) que, ao se romperem, formam coágulos que impedem o fluxo sanguíneo.

Sem oxigênio, as células do músculo cardíaco começam a morrer em minutos. Por isso, o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento médico é crucial para salvar vidas e evitar sequelas.

Para que serve o tratamento do infarto?

O tratamento do infarto do miocárdio tem como objetivo:

  1. Restabelecer o fluxo de sangue para o coração o mais rápido possível;
  2. Reduzir o dano ao miocárdio;
  3. Prevenir novos eventos cardiovasculares, como outro infarto ou AVC;
  4. Evitar complicações, como insuficiência cardíaca, arritmias e morte súbita;
  5. Reabilitar o paciente, física e emocionalmente, após a alta hospitalar.

Quais são os sintomas do infarto do miocárdio?

Os sintomas do infarto podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais clássicos incluem:

  • Dor no peito (pressão, aperto ou queimação, geralmente do lado esquerdo);
  • Dor que irradia para braço esquerdo, costas, mandíbula ou pescoço;
  • Falta de ar;
  • Náuseas e vômitos;
  • Tontura ou sensação de desmaio;
  • Suor frio;
  • Ansiedade, sensação de morte iminente.

Importante: mulheres, diabéticos e idosos podem ter sintomas atípicos, como cansaço excessivo, indigestão e dor leve no peito. Nunca subestime qualquer sinal de alerta.

Diagnóstico do infarto

O diagnóstico é feito com base em:

  • Eletrocardiograma (ECG);
  • Exames de sangue (troponina e CK-MB);
  • Exames de imagem, como ecocardiograma ou cineangiocoronariografia (cateterismo).

Tratamentos para infarto do miocárdio

1. Tratamento de emergência

  • Angioplastia coronária com stent: procedimento rápido para desobstruir a artéria e restaurar o fluxo sanguíneo. Quanto antes for feito, melhor o prognóstico.
  • Trombolíticos: medicamentos que dissolvem o coágulo. Usados quando a angioplastia não é viável.
  • Oxigênio suplementar, analgésicos (como morfina) e nitratos para alívio dos sintomas.

2. Medicamentos para controle e prevenção

  • AAS (ácido acetilsalicílico): afinador do sangue.
  • Clopidogrel, ticagrelor ou prasugrel: antiplaquetários.
  • Estatinas: para controle do colesterol.
  • Betabloqueadores: reduzem a carga de trabalho do coração.
  • IECA ou BRA: ajudam a relaxar os vasos e proteger o coração.
  • Anticoagulantes (heparina, enoxaparina): em ambiente hospitalar.

3. Cirurgia de revascularização miocárdica (bypass)

Indicada em casos de múltiplas obstruções ou quando a angioplastia não é possível.

Efeitos colaterais dos medicamentos pós-infarto

Apesar dos grandes benefícios, os medicamentos utilizados podem provocar efeitos colaterais, como:

  • AAS e clopidogrel: risco de sangramento gastrointestinal;
  • Estatinas: dores musculares, alterações hepáticas;
  • Betabloqueadores: fadiga, bradicardia, tontura;
  • IECA: tosse seca, queda de pressão;
  • Anticoagulantes: hematomas, sangramentos internos.

O acompanhamento médico regular é essencial para ajustar as doses, avaliar os efeitos e garantir a eficácia do tratamento.

Como deve ser usado o tratamento?

O tratamento pós-infarto não termina na alta hospitalar. O paciente deve seguir rigorosamente o plano terapêutico, que inclui:

  • Uso contínuo dos medicamentos;
  • Mudanças no estilo de vida (alimentação, exercício, sono);
  • Controle de fatores de risco (hipertensão, diabetes, colesterol);
  • Acompanhamento com cardiologista;
  • Participação em programas de reabilitação cardíaca.

A adesão ao tratamento é determinante para evitar um segundo infarto e viver com qualidade.

É possível comprar os medicamentos sem receita médica?

Não. A maioria dos medicamentos utilizados no tratamento do infarto é de uso controlado e requer receita médica. Além disso, alguns são de uso hospitalar exclusivo, como trombolíticos e anticoagulantes injetáveis.

A automedicação pode ser perigosa e até fatal, especialmente quando envolve medicamentos que afetam o sistema cardiovascular.

Alternativas complementares ao tratamento do infarto

Embora os medicamentos e procedimentos médicos sejam a base do tratamento, algumas estratégias complementares podem ajudar na recuperação e na prevenção:

1. Reeducação alimentar

  • Dieta rica em vegetais, frutas, fibras e gorduras boas (azeite, abacate, peixes);
  • Redução de sal, frituras e alimentos processados;
  • Controle do peso corporal.

2. Exercício físico regular

  • Caminhadas leves, bicicleta ergométrica ou hidroginástica, sempre com liberação médica.

3. Suplementos (com orientação médica)

  • Ômega-3
  • Coenzima Q10
  • Magnésio

4. Controle do estresse

  • Meditação, yoga, terapia ou grupos de apoio emocional.

Prevenção: como evitar um infarto

Prevenir o infarto é possível e muito mais eficaz do que tratar. As principais recomendações incluem:

  • Não fumar;
  • Controlar pressão arterial, glicemia e colesterol;
  • Praticar atividades físicas regularmente;
  • Manter peso saudável;
  • Ter uma alimentação balanceada;
  • Dormir bem;
  • Evitar o estresse crônico;
  • Realizar check-ups periódicos.

O infarto do miocárdio é uma condição grave, mas que pode ser evitada e tratada com sucesso se houver ação rápida, tratamento adequado e mudanças no estilo de vida. Os avanços na medicina aumentaram significativamente as chances de sobrevivência, mas o tempo ainda é o fator mais importante.

Se você ou alguém próximo apresentar sintomas como dor no peito, falta de ar, náuseas ou suor frio, ligue imediatamente para o SAMU (192). Cada segundo conta para preservar a vida e evitar sequelas permanentes.

Após o infarto, seguir o tratamento corretamente e adotar hábitos saudáveis é fundamental para prevenir novas ocorrências e viver com mais qualidade e segurança.

By Guia Anabólico

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