O câncer de colo do útero é um dos tipos mais comuns entre as mulheres, especialmente em países em desenvolvimento. Causado principalmente pela infecção persistente pelo vírus HPV (papilomavírus humano), esse tipo de câncer pode ser prevenido com medidas simples de saúde pública, como vacinação e exames de rotina.

Apesar de ser uma doença grave, o câncer cervical tem altas chances de cura quando diagnosticado precocemente. Por isso, a informação é uma das armas mais poderosas na luta contra a doença.

O Que É o Câncer de Colo do Útero?

O câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, se desenvolve na parte inferior do útero, chamada colo, que faz a conexão com a vagina. Ele costuma se desenvolver de forma lenta, a partir de lesões pré-cancerosas que podem levar anos para se transformar em câncer invasivo.

O principal agente causador é o HPV, um vírus transmitido sexualmente. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, mas os tipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer cervical.

Sintomas do Câncer de Colo do Útero

Nas fases iniciais, o câncer cervical pode não apresentar nenhum sintoma, o que reforça a importância dos exames preventivos.

Quando os sinais aparecem, eles podem incluir:

• Sangramento vaginal fora do período menstrual
• Sangramento após relações sexuais
• Corrimento vaginal anormal, com odor forte ou coloração incomum
• Dor durante a relação sexual
• Dor na região pélvica

Em estágios mais avançados, podem ocorrer sintomas mais graves, como dor lombar, perda de peso, cansaço extremo e inchaço nas pernas.

Como Prevenir o Câncer de Colo do Útero?

A prevenção é o caminho mais eficaz contra o câncer do colo do útero. As principais estratégias incluem:

1. Vacinação contra o HPV

• A vacina é segura, eficaz e recomendada principalmente para meninas e meninos de 9 a 14 anos, mas pode ser aplicada até os 45 anos em alguns casos.
• Ela previne os tipos mais perigosos do vírus.

2. Exame Papanicolau (Preventivo)

• Deve ser feito periodicamente por mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram vida sexual.
• Detecta lesões precursoras antes que virem câncer.

3. Uso de preservativos

• Embora o preservativo não proteja 100% contra o HPV, ele reduz significativamente o risco de transmissão.

4. Acompanhamento médico regular

• Consultas ginecológicas de rotina ajudam a monitorar a saúde reprodutiva e identificar alterações precocemente.

Diagnóstico do Câncer de Colo do Útero

O diagnóstico geralmente se inicia com resultados alterados no exame Papanicolau. Em seguida, pode-se realizar:

• Colposcopia: exame que permite a visualização ampliada do colo do útero.
• Biópsia: retirada de uma pequena amostra para análise laboratorial.
• Exames de imagem: como tomografia e ressonância, em casos de suspeita de câncer avançado.

Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores são as chances de cura.

Tratamento do Câncer de Colo do Útero

O tratamento depende do estágio da doença, da idade da paciente e de seu desejo de manter a fertilidade.

As opções incluem:

1. Cirurgia

• Pode variar de uma simples retirada de lesão até uma histerectomia total (remoção do útero).

2. Radioterapia

• Utilizada para destruir células cancerígenas, principalmente em casos mais avançados.

3. Quimioterapia

• Pode ser usada em conjunto com a radioterapia ou isoladamente em casos mais graves.

4. Terapias-alvo e imunoterapia

• Em desenvolvimento ou aplicadas em casos específicos, com base em avanços da medicina personalizada.

O acompanhamento após o tratamento é essencial para evitar recidivas.

Considerações Finais

O câncer de colo do útero é uma doença evitável e tratável. A vacinação contra o HPV, exames preventivos e informações claras sobre os sintomas são fundamentais para reduzir os índices de mortalidade.

Atenção à saúde íntima, visitas regulares ao ginecologista e um olhar cuidadoso para o próprio corpo fazem toda a diferença. Não espere os sintomas surgirem — a prevenção é o melhor tratamento.