Escitalopram

Escitalopram

O que é Escitalopram?

O Escitalopram é um medicamento antidepressivo da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). É utilizado principalmente no tratamento de transtornos de humor e ansiedade, ajudando a equilibrar os níveis de serotonina no cérebro — um neurotransmissor essencial para o bem-estar emocional.

Seu nome comercial mais conhecido é Lexapro®, mas também é amplamente vendido como genérico (escitalopram) e sob outras marcas, como Exodus®, Esc® e Estopram®. O Escitalopram é um dos antidepressivos mais prescritos no mundo devido à sua eficácia, tolerabilidade e menor incidência de efeitos colaterais em comparação com outros medicamentos similares.

Para que serve o Escitalopram?

O Escitalopram é indicado para o tratamento de diversos transtornos psiquiátricos, tais como:

  • Depressão maior (transtorno depressivo maior)
  • Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
  • Transtorno do pânico
  • Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
  • Fobia social (ansiedade social)
  • Transtorno disfórico pré-menstrual (em alguns casos, off-label)

Além disso, pode ser prescrito como complemento terapêutico em quadros de depressão resistente ou para manutenção de longo prazo, reduzindo a chance de recaídas.

Como o Escitalopram age no organismo?

O Escitalopram atua aumentando a disponibilidade da serotonina no cérebro, um neurotransmissor responsável por regular o humor, sono, apetite e outras funções psicológicas.

Ele bloqueia seletivamente a recaptação da serotonina pelos neurônios, o que significa que mais serotonina fica disponível nas sinapses cerebrais. Isso ajuda a melhorar gradualmente os sintomas de depressão, ansiedade, irritabilidade, e ataques de pânico.

Tempo de ação:

  • Os efeitos iniciais podem ser percebidos entre 7 a 14 dias.
  • Os efeitos terapêuticos completos geralmente surgem após 3 a 6 semanas de uso contínuo.

Como o Escitalopram deve ser usado?

O uso do Escitalopram deve ser sempre orientado por um psiquiatra ou clínico habilitado, pois o ajuste da dose é fundamental para a eficácia e segurança do tratamento.

Dosagem recomendada:

  • Início comum: 5 mg a 10 mg por dia
  • Dose terapêutica habitual: 10 mg a 20 mg por dia
  • Máximo permitido: 20 mg/dia (em adultos saudáveis)

É administrado por via oral, em dose única diária, geralmente pela manhã ou à noite, com ou sem alimentos. A dose pode ser ajustada conforme a resposta do paciente e tolerância aos efeitos adversos.

Importante:

  • Nunca interrompa o tratamento abruptamente, pois pode haver sintomas de descontinuação.
  • Os efeitos positivos geralmente demoram algumas semanas para aparecer, e a interrupção precoce pode prejudicar o tratamento.
  • O tratamento costuma durar de 6 meses a 1 ano, podendo se estender por mais tempo em casos crônicos.

Quais são os efeitos colaterais do Escitalopram?

Apesar de ser um dos antidepressivos com menor incidência de efeitos colaterais, o Escitalopram pode causar reações adversas, especialmente nas primeiras semanas de uso.

Efeitos comuns:

Efeitos menos comuns, mas possíveis:

Efeitos raros ou graves:

  • Síndrome serotoninérgica (em casos de uso combinado com outros serotonérgicos)
  • Convulsões (em pacientes predispostos)
  • Pensamentos suicidas em fases iniciais (especialmente em adolescentes e jovens adultos)

Síndrome de descontinuação:

A retirada súbita do escitalopram pode causar sintomas como:

  • Zumbido no ouvido
  • Tontura
  • Choques elétricos (sensação chamada de “brain zaps”)
  • Irritabilidade
  • Insônia
  • Crises de ansiedade

Por isso, a interrupção deve ser feita de forma gradual, com supervisão médica.

Escitalopram vicia?

Não. O Escitalopram não causa dependência química como ocorre com benzodiazepínicos (como diazepam ou alprazolam). No entanto, como qualquer antidepressivo, ele deve ser retirado progressivamente, pois o cérebro se adapta à presença da substância.

O que pode ocorrer é sintoma de descontinuação se for interrompido bruscamente. Isso não configura vício, mas uma reação fisiológica esperada que pode ser evitada com desmame gradual.

Escitalopram precisa de receita médica?

Sim. O Escitalopram é um medicamento controlado, de tarja vermelha, e só pode ser vendido com apresentação de receita médica. No Brasil, ele não exige retenção da receita, mas ainda assim, o uso sem acompanhamento profissional é desaconselhado.

O uso inadequado pode mascarar doenças psiquiátricas mais graves, além de causar efeitos indesejados em populações sensíveis.

É possível comprar Escitalopram sem receita?

Não. A venda sem receita é proibida por lei. Além disso, o uso por conta própria pode ser ineficaz ou perigoso, especialmente em pessoas que estejam passando por episódios de depressão maior ou transtornos complexos.

Quais são as alternativas ao Escitalopram?

Caso o Escitalopram não funcione adequadamente ou cause efeitos indesejados, existem várias alternativas farmacológicas e não farmacológicas disponíveis:

Alternativas farmacológicas (com receita):

  • Outros ISRSs: Sertralina, Fluoxetina, Paroxetina, Citalopram
  • IRSNs (inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina): Venlafaxina, Duloxetina
  • Antidepressivos tricíclicos: Amitriptilina, Clomipramina (menos usados hoje, mas eficazes)
  • Bupropiona: especialmente útil em depressão com fadiga e apatia
  • Mirtazapina: indicada para depressão com insônia e perda de apetite

Alternativas não medicamentosas:

  • Terapia cognitivo-comportamental (TCC): comprovadamente eficaz para depressão e ansiedade
  • Atividade física regular
  • Meditação e mindfulness
  • Suporte psicossocial
  • Psicoterapia de apoio ou psicodinâmica

Essas abordagens podem ser utilizadas em conjunto com medicamentos ou como substituição, dependendo da avaliação clínica.

Quem não deve usar Escitalopram?

O Escitalopram está contraindicado para:

  • Pessoas com alergia ao escitalopram ou a outros ISRSs
  • Pacientes em uso de inibidores da monoamina oxidase (IMAO)
  • Pessoas com histórico de arritmias cardíacas graves
  • Gravidez e lactação (salvo sob orientação médica expressa)

O Escitalopram é um antidepressivo eficaz, seguro e bem tolerado, indicado para o tratamento de depressão e transtornos de ansiedade. Com ação seletiva sobre a serotonina, ele ajuda a restabelecer o equilíbrio emocional com poucos efeitos colaterais.

Contudo, é fundamental lembrar que seu uso deve ser individualizado, com prescrição médica e acompanhamento contínuo. Não se trata de um “remédio da felicidade”, mas de uma ferramenta terapêutica importante no contexto de um tratamento que pode incluir psicoterapia e mudanças no estilo de vida.

A boa notícia é que, com o tratamento correto e acompanhamento adequado, a maioria dos pacientes experimenta melhora significativa da qualidade de vida e recuperação emocional duradoura.

By Guia Anabólico

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