Antibióticos: O Que São, Para Que Servem, Como Usar, Efeitos Colaterais, Alternativas e Receita Médica

antibióticos

Os antibióticos são medicamentos utilizados para combater infecções causadas por bactérias. São considerados uma das maiores descobertas da medicina moderna, responsáveis por salvar milhões de vidas desde sua introdução no século XX. No entanto, seu uso incorreto tem causado um problema de saúde global: a resistência bacteriana, tornando algumas infecções mais difíceis de tratar.

O que são antibióticos?

Antibióticos são substâncias capazes de matar ou inibir o crescimento de bactérias patogênicas. Eles atuam de diferentes maneiras, como destruindo a parede celular bacteriana, interferindo na síntese de proteínas ou impedindo a replicação do DNA.

Eles não são eficazes contra vírus, o que significa que não tratam gripes, resfriados, COVID-19 ou outras infecções virais. Além disso, os antibióticos não têm efeito contra fungos ou parasitas.

Existem diferentes classes de antibióticos, como:

  • Penicilinas (amoxicilina, penicilina)
  • Cefalosporinas (cefalexina, ceftriaxona)
  • Macrolídeos (azitromicina, claritromicina)
  • Tetraciclinas (doxiciclina, tetraciclina)
  • Quinolonas (ciprofloxacino, levofloxacino)
  • Aminoglicosídeos (gentamicina, amicacina)

Para que servem os antibióticos?

Os antibióticos são indicados para o tratamento de infecções bacterianas em diferentes partes do corpo, como:

  • Infecções respiratórias: pneumonia, sinusite bacteriana, amigdalite, bronquite bacteriana
  • Infecções urinárias: cistite, pielonefrite
  • Infecções de pele: celulite, impetigo, erisipela
  • Infecções gastrointestinais: infecções por Helicobacter pylori
  • Doenças sexualmente transmissíveis: sífilis, gonorreia, clamídia
  • Infecções ósseas e articulares: osteomielite
  • Infecções generalizadas: sepse, meningite bacteriana

Eles também podem ser usados profilaticamente, ou seja, para prevenir infecções em cirurgias ou em pessoas com imunidade comprometida.

Como devem ser usados os antibióticos?

O uso dos antibióticos deve sempre ser feito com prescrição médica, respeitando a dose, horário e duração indicados. Interromper o tratamento antes do tempo, esquecer doses ou utilizar antibióticos por conta própria são práticas que favorecem a resistência bacteriana.

Alguns cuidados essenciais:

  • Tomar o antibiótico sempre no mesmo horário.
  • Não dividir ou guardar antibióticos para uso posterior.
  • Não misturar com álcool (alguns antibióticos podem causar reações severas).
  • Evitar exposição solar se estiver usando antibióticos fotossensibilizantes (ex: doxiciclina).

Efeitos colaterais dos antibióticos

Embora sejam eficazes, os antibióticos podem causar efeitos colaterais que variam conforme a classe, o tempo de uso e as condições do paciente. Os mais comuns incluem:

  • Distúrbios gastrointestinais: náuseas, vômitos, diarreia
  • Reações alérgicas: erupções cutâneas, coceira, inchaço, até anafilaxia
  • Desequilíbrio da microbiota intestinal: podendo causar candidíase ou diarreia associada a Clostridium difficile
  • Fotossensibilidade: especialmente com tetraciclinas e quinolonas
  • Toxicidade hepática ou renal: em casos específicos e com uso prolongado
  • Interferência com anticoncepcionais orais: antibióticos como a rifampicina podem reduzir a eficácia

Antibióticos precisam de receita?

Sim. No Brasil, desde 2010, todos os antibióticos exigem receita médica controlada (com retenção), conforme determinações da Anvisa. Essa medida foi adotada para conter o uso indiscriminado e a crescente resistência bacteriana.

A venda sem receita é ilegal e perigosa, e o uso por conta própria pode não apenas falhar no tratamento como também causar efeitos indesejados graves.

O que é resistência bacteriana?

A resistência bacteriana é o fenômeno em que as bactérias desenvolvem mecanismos para sobreviver ao ataque dos antibióticos. Isso ocorre principalmente pelo uso incorreto dos medicamentos (uso sem necessidade, interrupção precoce, automedicação, etc.).

Consequências da resistência:

  • Infecções comuns se tornam difíceis de tratar
  • Aumentam as taxas de mortalidade
  • Necessidade de antibióticos mais caros e tóxicos
  • Risco de epidemias hospitalares por superbactérias

Exemplos de bactérias resistentes incluem: Staphylococcus aureus (MRSA), Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli multirresistente e Mycobacterium tuberculosis resistente.

Existem alternativas aos antibióticos?

Sim, especialmente quando o quadro não é bacteriano ou em infecções leves. Algumas alternativas incluem:

1. Antivirais ou antifúngicos

Utilizados para infecções virais ou fúngicas, respectivamente — não substituem os antibióticos.

2. Fitoterápicos e compostos naturais com ação antimicrobiana leve

Como alho, própolis, cúrcuma, gengibre, echinacea — têm ação moduladora do sistema imune.

3. Probióticos

Auxiliam na recuperação da flora intestinal após o uso de antibióticos e ajudam na imunidade.

4. Vacinas

Previnem doenças bacterianas como pneumonia, meningite e tuberculose.

5. Medidas de suporte

Boa hidratação, alimentação rica em nutrientes, repouso e uso de analgésicos ou antitérmicos quando necessário.

Conclusão

Os antibióticos são ferramentas poderosas no combate às infecções bacterianas, mas precisam ser usados com consciência, responsabilidade e sempre com orientação médica. O uso inadequado pode causar desde efeitos colaterais até o agravamento de um problema de saúde pública: a resistência bacteriana. A melhor forma de garantir a eficácia contínua dos antibióticos é usá-los corretamente, evitar automedicação e adotar práticas de prevenção como vacinação, higiene adequada e fortalecimento da imunidade.

By Guia Anabólico

Deixe um comentário

You May Also Like