Acupuntura: O Que É, Para Que Serve, Efeitos Colaterais, Como Usar e Alternativas

Acupuntura

A acupuntura é uma prática terapêutica milenar da medicina tradicional chinesa, que tem ganhado cada vez mais espaço na medicina integrativa ocidental. Seu principal objetivo é promover o equilíbrio energético do corpo, aliviando dores, tratando doenças e promovendo o bem-estar físico e emocional. A técnica consiste na aplicação de agulhas muito finas em pontos específicos do corpo, conhecidos como meridianos, que segundo a tradição chinesa, são canais por onde flui a energia vital, chamada de “Qi” (ou “Chi”).

O que é a acupuntura?

A acupuntura é um dos pilares da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), junto com a fitoterapia, dietoterapia chinesa, exercícios como o Tai Chi e práticas como a massagem Tui Na. De acordo com os princípios da MTC, a doença é resultado de desequilíbrios na energia vital que percorre os meridianos do corpo. A aplicação das agulhas em pontos específicos busca restaurar esse equilíbrio, promovendo a cura natural.

Do ponto de vista da medicina ocidental, a acupuntura atua estimulando o sistema nervoso, liberando substâncias como endorfinas e serotonina, que ajudam a aliviar dores e melhorar o humor, além de estimular a circulação sanguínea e modular o sistema imunológico.

Para que serve a acupuntura?

A acupuntura é amplamente utilizada no tratamento de uma variedade de condições, sendo reconhecida inclusive por organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Conselho Federal de Medicina (CFM). Algumas das principais indicações incluem:

  • Dores crônicas: lombalgias, dores de cabeça, enxaqueca, dor cervical, dor articular, dor no nervo ciático.
  • Distúrbios emocionais: ansiedade, estresse, depressão leve, insônia.
  • Distúrbios digestivos: gastrite, refluxo, constipação, síndrome do intestino irritável.
  • Problemas respiratórios: asma, rinite alérgica, sinusite.
  • Distúrbios hormonais e ginecológicos: TPM, menopausa, infertilidade funcional.
  • Recuperação muscular e pós-operatória: ajuda no alívio da dor e acelera o processo de reabilitação.
  • Controle de vícios: como tabagismo e alcoolismo, auxiliando na redução da ansiedade e dos sintomas de abstinência.
  • Melhora da imunidade: a acupuntura pode atuar como preventivo de doenças sazonais.

Existem efeitos colaterais?

Apesar de ser considerada uma técnica segura, desde que aplicada por um profissional capacitado, a acupuntura pode provocar alguns efeitos colaterais leves, que geralmente são passageiros. Entre os mais comuns estão:

  • Dor leve ou sensibilidade no local da aplicação das agulhas;
  • Pequenos hematomas ou sangramentos superficiais;
  • Tontura ou sensação de desmaio, especialmente em pessoas com medo de agulhas ou jejum prolongado;
  • Reações emocionais como choro ou euforia, devido ao desbloqueio de tensões emocionais.

Complicações mais sérias, como infecções ou perfuração de órgãos, são extremamente raras e geralmente associadas a profissionais não qualificados ou uso de material inadequado. Por isso, é fundamental buscar um acupunturista certificado, preferencialmente com registro em conselhos profissionais como o CREFITO (para fisioterapeutas) ou CRM (no caso de médicos).

Como deve ser usada?

Cada sessão de acupuntura dura entre 30 a 60 minutos, dependendo do quadro clínico e da técnica empregada. O número de sessões pode variar de acordo com a gravidade e a resposta individual do paciente ao tratamento. Em geral, são indicadas de 5 a 10 sessões para resultados mais consistentes, podendo ser semanais, quinzenais ou mensais.

Durante a sessão, o paciente permanece deitado em uma maca, em um ambiente calmo. As agulhas são inseridas em pontos específicos do corpo, geralmente permanecendo por 20 a 40 minutos. Em alguns casos, pode-se utilizar também eletroacupuntura (uso de correntes elétricas suaves nas agulhas), moxabustão (aplicação de calor por meio da queima de ervas) ou ventosaterapia como técnicas complementares.

É necessário prescrição médica?

A acupuntura, no Brasil, pode ser praticada por médicos, fisioterapeutas, psicólogos, dentistas, enfermeiros e outros profissionais da saúde com formação específica e reconhecida em acupuntura. Em muitos casos, a prescrição médica não é obrigatória para iniciar o tratamento, mas é altamente recomendável que se tenha um diagnóstico clínico antes, especialmente quando há dor persistente ou doenças associadas.

Para alguns convênios de saúde ou em tratamentos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), a indicação médica pode ser necessária para encaminhamento. Também é comum que clínicas privadas ofereçam atendimento sem a exigência de encaminhamento médico, desde que a avaliação inicial seja feita por um profissional habilitado.

Existem alternativas?

Embora a acupuntura seja eficaz para muitos pacientes, existem outras práticas integrativas e complementares que podem ser consideradas, dependendo do quadro clínico e das preferências individuais. Algumas delas incluem:

  • Massoterapia e shiatsu: atuam sobre os mesmos pontos de energia por meio da pressão manual.
  • Fitoterapia chinesa: uso de ervas medicinais associadas à MTC para tratar desequilíbrios energéticos.
  • Yoga e meditação: ajudam a equilibrar corpo e mente, reduzindo o estresse e promovendo relaxamento.
  • Homeopatia: abordagem terapêutica que visa estimular a capacidade natural de cura do organismo.
  • Auriculoterapia: técnica derivada da acupuntura, focada apenas na estimulação de pontos na orelha.

Essas alternativas podem ser utilizadas de forma isolada ou combinadas com a acupuntura, desde que haja acompanhamento profissional e personalização do plano terapêutico.

Conclusão

A acupuntura é uma prática milenar que continua relevante na atualidade por sua capacidade de tratar uma ampla gama de condições físicas e emocionais. Baseada no equilíbrio energético, ela alia tradição e evidência científica, sendo reconhecida por órgãos de saúde internacionais como uma terapia segura e eficaz. Com poucos efeitos colaterais e ampla aplicabilidade, é uma excelente opção para quem busca tratamentos menos invasivos e mais naturais. É fundamental, no entanto, que o tratamento seja realizado por profissionais qualificados, garantindo segurança e resultados satisfatórios.

Para aqueles que não se adaptam à técnica ou preferem outras abordagens, existem alternativas igualmente eficazes dentro da medicina integrativa. Em todos os casos, o mais importante é respeitar a individualidade do paciente e buscar sempre orientação profissional.



By Guia Anabólico

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